terça-feira, 4 de novembro de 2014

Os Yawalapiti

                Os índios Yawalapiti moram no Mato Grosso, no sul do parque de Xingu.
A aldeia tem casas que circundam uma praça limpa de mato. No centro dela tem uma casa somente frequentada pelos homens destinada a esconder as flautas sagradas apapalu (uma flauta dita mitológica proibida às mulheres). Nessa mesma praça, eles enterram os mortos. Os mortos ficam em um túnel: os chefes mortos ficam suspensos em uma rede e o povo é enterrado em uma cova. No centro da praça, também são realizados banhos rituais de liberação de luto, o discurso do chefe, a distribuição de alimentos e lutas de huka-huka. La também é recebido os visitantes de outros grupos.     

A língua yawalapiti pertence à família Aruak, assim como as línguas mehinako e wauja, também faladas no Parque. Atualmente, apenas quatro ou cinco indivíduos falam yawalapiti, predominando na aldeia as línguas kuikuro e kamaiurá, em razão dos muitos casamentos que ligam os Yawalapiti a esses grupos. Mas eles vêm demonstrando um interesse crescente em recuperar sua língua e para isso têm contado com a ajuda de uma linguista. Desejam ainda construir uma escola indígena.

Em 1948, havia 28 Yawalapitis. Em 1954 teve uma epidemia de sarampo no Mato Grosso e o numero diminui para 25 pessoas.  Em 1963 somavam 41 indivíduos e em 1970 chegaram a 65. Desde então, houve um aumento populacional, não só devido ao crescimento espontâneo do grupo, mas à incorporação de membros de outras aldeias, costume antigo na região, mas intensificado com a criação do Parque. Em 2002, os Yawalapiti, contavam com 208 indivíduos.
O chefe da aldeia ''Putaki Wikiti'' deve representar o povo em reuniões com outros povos indígenas. Ele é eleito pelos ''Amulaw'', pessoas que receberam prestigio hereditário

Segundo os Yawalapitis, o criador do universo, ''Kwamuty'' soprando fumaça de tabaco deu vida aos homens e a primeira mulher mortal que teve dois gêmeos: o Sol e a Lua. Quando nasceram os gêmeos  Sol e Lua dessa mulher, vivia-se um tempo de caos, dominado pela noite e a podridão não havendo fogo nem roças. Os vagalumes eram a única luz no mundo. Os gêmeos conseguiram então obter o dia do "dono do céu" o urubu invisível de duas cabeças. Este urubu comanda os pássaros, que deram a luz aos homens.

Os Yawalapiti creem na existência de vários espíritos  que influenciam nosso mundo: eles causam a maioria das doenças, encontram-se com os humanos na floresta, ajudam os xamãs (a conexão entre o nosso mundo com o plano espiritual) ou são os "donos" de certas espécies animais.

Os Yawalapiti, como os demais alto-xinguanos, vivem basicamente da agricultura e da pesca. A caça reduz-se a algumas aves consideradas comestíveis, aos macacos-prego, eventualmente comidos. A pesca e o plantio de mandioca é atividade masculina, enquanto as mulheres colhem a mandioca e trazem agua. A cozinha é feita por ambos os sexos.
                                                                                                                                             Noémie e Robben





6 comentários:

  1. Muito bom porque acho ninguém sabia essas informações porem esta faltando de imagens.
    Alexandre e Marcos

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  2. Nao tem o suficiente de imagens mas e um bom trabalho
    Lena e Gaelle

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  3. Bom, mas poderiam por mais imagens e o texto deveria ser separado em partes e ter títulos para ficar mais compreensível.
    Paloma-Lys S.R

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  4. Bem explicado mas nao tem muito imagem Pablo Theo

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  5. muito bem texto as informações estão bem organizadas. Imagem muito boas.

    mh e hugo

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