terça-feira, 11 de novembro de 2014

Os Kayabi

                                                                    Os kayabis
                                                                     
                                                                     Introdução
            Os Kayabi vivem no parque indígena do Xingu no Mato Grosso. Eles dominam o português e a língua da tribo do tupi guarani. O nome Kayabi não foi dado pelos Kayabi, mas eles receberam esse nome de duas outras tribos que foram as primeiras a fornecer informações sobre eles. Nem todos os Kayabis residem no parque indígena do Xingu. Vários deles ainda vivem nas redondezas (75% vivem no parque). A taxa de crescimento populacional dos Kayabi é bastante alta atualmente.
                                               


 Subsistência e confecção de artefatos 
         
             Os Kayabi são um grupo com uma forte tradição agrícola, que se manteve apesar da migração. Sua horticultura é muito diversificada, tendo dezenas de variedades de plantas cultivadas e um sistema agrícola bastante elaborado. Os períodos de colheita variam dependendo da cultura. Planta-se as diversas variedades de mandioca utilizadas para a produção de farinha e mingaus. Nas roças de poli-cultivo plantam diversas espécies, que exigem melhores solos (áreas de terra preta): milho, algodão, amendoim, batata, banana, cana, abóbora, melancia.
                                       


                                                                             Cosmologia
              Os Kayabi dividem o cosmo em várias camadas sobrepostas, habitadas por vários seres "sobrenaturais". Há vários tipos de seres, como os "anyang" e os "mama'é" que rouba as almas dos homens. Todo homem possui um "ai'an", que seria sua alma. Eles não recebem uma alma quando nascem, mas a adquirem com o tempo, e um ser sem "ai'an" não é considerado um ser humano. Os Kayabi sempre tiveram muitos xamãs, pessoas que se comunicam com seres sobrenaturais. Geralmente os xamãs são homens velhos e sábios conhecidos como intermediários entre o mundo natural e sobrenatural. Os Kayabi são um povo tradicionalmente guerreiro, como contam suas narrativas míticas, suas histórias de guerras passadas, sua vida ritual e os depoimentos de brancos que com eles tiveram contato. O mais importante momento de sua vida ritual era a celebração do Yawaci, época em que várias aldeias se reuniam para ouvir os cantos dos guerreiros.
                                                                     
                                                                              Aldeias
           
              Uma focalização na organização da aldeia Kayabi é a fonte de algumas das transformações político-sociais que este grupo viveu nas últimas três ou quatro décadas. As reuniões da aldeia acontecem para discutir fatos, como os tratamentos de saúde. De fato, o acesso aos medicamentos e aos médicos é pensado como uma das grandes vantagens da moradia, sendo este um argumento utilizado pelos líderes em seus discursos. Antes da transferência para o Parque Indígena de Xingu, as casas kayabi eram bem grandes, pois abrigavam todos os membros de uma família grande. Resumindo, o povo kayabi é um povo indígena que vive na maioridade em Mato Grosso, no Parque indígena de Xingu, onde sua população cresce ao contrario de outros povos.

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Os Mehinakos


O povo Mehinako vive na área cultural, o Alto Xingu. Eles fazem parte de uma grande área natural de 27 000 quilômetros quadrados dividida em territórios de diferentes povos indígenas. Apesar da frequência de deslocamentos, os Mehinako preservaram muito do que lhes é importante no modo de vida da aldeia e das suas relações com outros grupos. Como no passado, a aldeia foi direcionada ao rio Tuatuari. O sol nasce sobre o Kurisevo, passa diretamente sobre a casa dos homens no centro da comunidade, e se põe no Tuatuar. Que hoje é chamado de "O caminho do sol".





Os Mehinakos falam a uma língua Aruaque: o Mehinakú. O dialeto desta língua, o Waurá-Kuma está relacionado com a língua Waurá ligua falado pelo povo Waurá. Eles também falam um pouco de Português para comunicar com o mundo exterior.


 Antes os Mehinakos moravam na beira do rio Xingu, eles tinham duas aldeias e um parque de campismo usado somente durante as secas. Os Mehinakos, hoje em dia, são aproximadamente 250 pessoas, porém os cientistas pensam que antes do parque Xingu essa população era quatro vezes 
maior
homens da tribo Mehinakos
Arqueiro Ikpeng
Chefe da tribo Mehinakos















terça-feira, 4 de novembro de 2014

Os Yudjá

Yudjá
Os "donos do rio"
O

  povo Yudjá, atualmente no parque do Xingu, eles se situam mais precisamente perto do rio "iya ithabï" e tem uma população total de 348 habitantes, de acordo com a Unifesp de 2010. Eles falam a própria língua deles: o Yudjá, mas sua etnia é o Tupi-Guarani. Os Jurunas eram antigamente o povo mais importante do Xingu. Yudjá significa "donos do rio" por causa de sua grande habilidade como canoeiros, mas são também chamados de Jurunas que significa "boca preta", receberam esse nome pelos outros povos pois dentro da tribo eles tatuavam de preto linhas que vão do couro cabeludo circulando a boca no século XVIII.
   

RITUAIS
E
ssa tribo comemora vários rituais, um deles o quarup. Alguns índios vão ao mato e cortam um tronco de quarup, constroem uma cabana de palha, em baixo dela fincam o tronco no chão. Depois o tronco recebe uma decoração, acompanhada de cantos que elogia o morekwat (o chefe) que está sendo homenageado.


           
DIA A DIA
A
s crianças do povo Yudjá começam a aprender a fazer arco e flecha desde pequenos com seus avôs, pais ou com seus irmãos mais velhos. Os meninos acompanham os pais na pescaria, porém não na caça não pois é difícil acompanha-los. Meninas gostam de fazer pulseira, colar de miçanga.
Em casa, as meninas ajudam as mães cuidando dos irmãos menores, assando peixe, fazendo mingau, até conseguirem fazer sozinhas. Elas também vão a  roça e ajudam carregar mandioca, batata e outros.  Elas também ajudam a pegar água no rio para cozinhar e lavar. Lavam louça e roupa no rio desde pequenas. Também estão aprendendo a fazer pintura corporal e começando a fazer cuias e panelinhas de barro. De noite as crianças gostam de cantar e dançar em roda com o resto da aldeia.

ALIMENTAÇÃO
O

s Yudjá produzem vários tipos de bebidas fermentadas diferentes, entre elas dois cauins de mandioca: o "dubia" e o "yakupa" que dão a sua importância pelo simbolismo e pela sua dieta. Antigamente, a tribo se alimentava de tartarugas, mas como o animal estava em extinção, eles retiraram o alimento de sua dieta.



De Giovanna Yuli Lowndes e Gabriela Groener

Os Aweti

Aweti


O povo Aweti é um povo indígena, localizado no Parque Nacional do Xingu.
Entre os séculos XVII e XVIII, o povo Aweti, se instalou no parque Xingu. Eles exerceram
um importante papel entre os povos alto-xinguanos na circulação para os visitantes.
No século XX, teve uma queda no crescimento da população e o povo quase ficou extinto.
Hoje, o povo Aweti é o povo menos conhecido no Alto Xingu.
Eles falam o aweti, uma língua que pertencia ao tupi-guarani.         

No fim dos anos 60, iniciou-se uma pesquisa sobre a língua aweti, embora os estudos tenham sido interrompidos, foi possível reconstituir a língua. Um fato interessante dessa língua, é que há palavras diferentes entre homens e mulheres, como por exemplo, para a palavra "eu" os homens dizem "atit" e as mulheres "itó".  Hoje em dia o aweti é a língua dominante na aldeia principal, e também é a língua ensinada às crianças.
      
    Acredita-se que os Kat, os "espíritos" causam as doenças, então para a cura, eles fazem cerimônias específicas incluindo a interação com o espírito que a causou,. Eles são responsáveis por várias doenças. Os homens acima dos 40 anos são em sua maioria considerados xamãs da tribu.

Os Aweti somavam em 2006 cerca de 140 indivíduos, vivendo em duas aldeias de 85 e 55 pessoas respectivamente. Em 2011 a população Aweti soma 195 pessoas - esse número representa uma grande recuperação populacional diante da profunda crise demográfica que enfrentaram no século XX

Contudo, a redução demográfica não deixou de marcar o grupo, especialmente em termos culturais. Várias tradições, passadas de uma geração antiga, foram interrompidas; notadamente não há mais cantores de formação completa na aldeia. Também houve, durante décadas, uma redução de grandes festas e rituais. Só em 1998 os Aweti voltaram a festejar um Kwar’yp, e em 2002 um Jawari. Ainda assim, os jovens da aldeia cresceram sem conhecer uma série de rituais, vários dos quais ainda praticados em aldeias vizinhas.

Julia e Laura
http://pt.wikipedia.org/wiki/Auetis


Os Kuikuro

Os Kuikuro

Introdução



 Os Kuikuro são, hoje, o povo com a maior população no Alto Xingu. Eles constituem um sub-sistema carib com os outros grupos que falam variantes dialetais da mesma língua (KalapaloMatipu e Nahukuá) e participam do sistema multilíngüe conhecido como Alto Xingu, na porção sul da TI Parque Indígena do Xingu. Os Kuikúru atribuem a sua origem à antiga aldeia Nahuguá da qual vários subgrupos deram origem às atuais aldeias Karib.

Localização

Os Kuikuro fazem parte do subsistema Karíb alto-xinguano, aldeias do Alto Xingú, sobretudo nas dos outos povos da região. Eles  habitam a margem direita do Xingu, abaixo da foz do rio Suiá-missu/Posto Indígena Diauarum e às margens do rio Tuatuari.

Língua

Os kuikuro e outros povos falam todos a mesma lingua, Karib  alto-xinguano, mas cada tribo guardando seu proprio dialetos.

Cultura

Os Kuikuro tem uma quinzena de rituais com músicas instrumentais, cantos e narrativas. Estes rituais são passados de geração em geração. Alguns deles têm mais de duas centenas de cantos diferentes. Um dos seus principais rituais é chamado cerimonia do Kuarup, que para eles significa que é a despedida dos mortos e encerramento do período de luto.



 Organização social e política

Na aldeia, há mais de um chefe e mais de uma categoria de chefes. O dono da praça (oto), o dono da aldeia,, o dono do caminho. As mulheres também podem ser chefes, mas se faz de forma hereditária, ou seja, de pai para filho ou filha. O chefe precisa se manter através da generosidade, da habilidade enquanto líder e representante da aldeia, etc.

Atividades produtivas

 Eles plantam: mandioca, batata doce, milho, algodão, pimenta, tabaco, bananas, melancias, mamões, limões.  Praticam também a pesca.
As plantas cultivadas, sobretudo a mandioca, constituem de 85 a 90% da alimentação. Os Kuikuro conhecem 46 variedades de mandioca, todas venenosas, mas apenas seis variedades fornecem 95% de suas colheitas. Urucum, jenipapo, argila branca, carvão vegetal e resinas servem para preparar pigmentos utilizados na pintura tanto do corpo como de artefatos.

A caça é não é importante os alto-xinguanos não comem nenhum “bicho de terra ou de pêlo”, com exceção do macaco (uma espécie de Cebus). Jacus e mutuns, alguns tipos de pomba, tracajás e macacos substituem o peixe quando o consumo deste é interditado. O consumo de peixe representa 15% da alimentação e os Kuikuro conhecem cerca de cem espécies de peixes comestíveis. Aos métodos tradicionais de pesca, com arco e flecha, com lanças ou com diversos tipos de armadilhas e barragens. A produção tradicional de artefatos, como bancos, esteiras, cestos e adornos plumários, servia e continua servindo para usos cotidianos e cerimoniais, para pagamento de serviços como a pajelança ou para selar uma aliança de casamentos.

Fontes
http://www.significados.com.br/kuarup/
http://pib.socioambiental.org/pt/povo/kuikuro

Os Waurá

Waurá: um povo indígena

Os Waurá são um povo indígena do Brasil. Eles são falantes  Aruak, que vivem na região perto do Alto Xingu. Eles tinham uma população de 529, em 2012.

 A origem dos Waurá
Os Waurá  falam Aruak,  língua falada por tribos nativas do Alto Xingu, e são descendentes prováveis ​​de várias tribos que vieram para a região (cerca de século 9 ou 10 AD). Eles são um  povo sedentário, com comunidades relativamente grandes.
O alemão Karl von den Steinen foi o primeiro europeu a registar a existência da tribo Waurá em 1884.
      

A economia: cerâmica e agricultura
 A economia usada pela tribo Waurá é a mesma usada pela maioria das tribos, o artesanato. No Xingu somente eles e os  Yudjá dominam o uso do barro. Eles são mestres em panelas de barro e na cestaria. Esta tribo, com a sua excelente técnica de cerâmica, consegue fazer grandes panelas de até dois metros (chamadas Kamalupe) com detalhes incríveis de animais e de elementos da natureza feitos à mão.
Este povo usa a agricultura como método de alimentação e atualmente eles produzem: mandioca, banana, amendoim e milho. Agora começaram a exportar para Rio de Janeiro e São Paulo.


Sua cultura
Além da riqueza de sua cultura material, esse povo acredita  em uma complexa e fascinante mito-cosmologia, na qual os vínculos entre os animais, as coisas, os humanos e os seres extra-humanos são muito importante. Durante seus rituais, eles costumam usar máscaras nativas de religião. Em honra à pessoas importantes da tribo, como a cacique, eles o celebram com rituais chamados “ Quarup” por vários dias.

 A educação
Os indios da tribo Waurá e os indios do xingu aprendem Português, Geografia, Ciências, Cálculo, Percentual e a fazer tabelas. Os mais velhos são chamados para narrar as tradições de seus povos.
Em 2013, o deputado estadual Airton Português foi ao parque Xingú para ver em que situação estava a educação das crianças indígenas. Ele viu que as condições eram precárias.
O diretor da escola, Arapawá Waurá, que também é o cacique da aldeia, mostrou-se revoltado com a situação.
" Nós temos esse direito (de estudar).Vocês estão vendo nossa situação", reclamou. 

A saúde
A população recebe cuidados médicos da escola paulista de medicina. Já houve um caso de AIDS ou virús do HIV. Os índios escovam os dentes três vezes ao dia num programa colgate-palmolive que distribui escovas e tubos de pasta de dentes todo o ano


Autores: André Bierrenbach Lima e Ana Luísa Chartier

Fontes:


                       
 


Os Kaimurás



                                Os Kaimurás


           Os Kaimaiurás (também Camaiurás ou Kamayurás) compõem  uma etnia indígena brasileira. São habitantes do Parque do Xingu. Os Kaimaiurás pertencem ao grupo étnico e linguístico tupi-guarani, estando inseridos na zona cultural do Alto Xingu.
       
•LOCALIZAÇÃO
     Os Kaimaiurás encontravam-se em estágio final de sedentarização, assentados nas proximidades da lagoa de Ipavu, onde permanecem até hoje. A região, onde desembocam os principais afluentes da bacia do Xingu, possui espaço de destaque na cosmologia do grupo étnico.
                                                                                  
   
 O Parque Indígena do Xingu: criado em meados da década de 1960, constitui a localização de diversos grupos indígenas, entre os quais os Kaimaiurás.
     

Às margens da imensa lagoa natural, formada a partir da confluência entre os Kuluene e Xingu, situa-se a aldeia Kaimaiurá.
Obs: 
A aldeia Kaimaiurá: o contingente populacional dos Kaimaiurás concentra-se numa única aldeia.



•ORGANIZAÇÃO FÍSICA


       As estruturas habitacionais camaiurá possuem influências insignes do estilo arquitetônico alto xinguano, podendo atingir até trinta metros de extensão e dez metros de altura. Com uma estrutura de madeira e taquaras majoritariamente revestidas de sapê ou folhas de palmeira, as ocas gozam de estatuto coletivo, não apresentando quaisquer tipos de divisões internas.



    A estrutura habitacional (à direita) contrasta, pelo formato, com a casa das flautas (à esquerda). Frente a esta última, ergue-se uma palhoça improvisada, construída para a proteção do tronco de Quarup, em virtude das festividades de mesmo nome. Após o término da celebração, a estrutura é desmontada.

•ORGANIZAÇÃO SOCIAL 

      A aldeia Kamaiurá é formada por um conjunto de casas,  ocupadas por um grupo doméstico que é constituído de por irmãos homens, com primos paralelos e eventuais ascendentes. O líder desse grupo é o “dono da casa”, morerekwat, que coordena as atividades produtivas e outras tarefas cotidianas que contam com a participação de todas as famílias. As regras de residência definem que nos primeiros anos de casamento o marido deve residir na casa dos sogros, pagando em serviços pela concessão de sua filha. Cumprido esse período, o casal pode escolher nova residência, que em geral é a casa de origem do marido. Essa regra não se aplica aos donos de casa, ao líder da aldeia (morerekwaratuwiap) ou àqueles já casados com outra mulher. Nessas situações, desde o início a mulher passa a residir na casa do marido e o pagamento é feito através de bens.
    A formação da pessoa Kamaiurá implica na puberdade. No caso dos homens, passam a receber ensinamentos sobre as técnicas de trabalho masculino. O jovem aprende como costurar a pena na flecha, fazer pente, trançar cesta e fazer cocar. Paralelamente, é treinado regularmente na luta de huka-huka. A reclusão é tanto mais prolongada quanto maiores as responsabilidades sociais que deva assumir na comunidade (maiores os benefícios para o rapaz), de modo que possíveis líderes podem estender seu período de reclusão por até cinco anos, intercalados por curtos períodos de liberdade. Nos períodos de liberdade que intercalam o tempo de reclusão, os pais procuram evitar que o jovem tenha experiências sexuais, pois seu vigor pode ser comprometido. Os pais procuram adiar o início da vida sexual do filho até que ele tenha se tornado um bom lutador.
    Já a jovem entra em reclusão por ocasião de sua primeira menstruação, quando ela aprende a fazer esteira, tecer rede e a executar tarefas femininas no preparo dos alimentos. Sua reclusão não dura mais do que um ano, período no qual ela não corta os cabelos (ficando a franja crescida por sobre os olhos). Ao sair, com um novo nome, é considerada adulta e pronta para o casamento.

•RELIGIÃO

    1.  Espiritualidade:   Grande parte da tradição cosmológica dos indígenas Kaimaiurá orbita em torno de uma única deidade, conhecida como Mawutzinin. O ser, também creditado como o Demiurgo e primeiro ser humano a habitar a terra, que teria sido o responsável pela introdução da festa do Quarup, do uso dos arcos e do consumo de elementos importantes da dieta do povo. De modo semelhante, os indígenas kaimaiurás creem na existência de um tipo específico de potência abstrata, usualmente conhecida como mamaé. O mamaé, presente em diversas classes de seres ou objetos, consiste numa espécie invulgar de força espiritual, classificada, segundo sua natureza, como benéfica e generosa, ou, de maneira oposta, málevola e nociva em diversos níveis. Segundo a crença, a ingestão ou o contato prolongado com certa entidade de mamaé nocivo acarretaria ao indígena diversos males físicos, tratáveis, apenas, mediante a rituais xamânicos. Tal conceito, age como um dos principais agentes reguladores da dieta étnica do povo.





Índios camaiurás durante a festa do Quarup.


        2.  Vida pós-morte:   Independente de suas ações em vida, após a morte, as alma dos indivíduos seriam levadas a uma          aldeia celeste, réplica da aldeia terrena. Em morte, não seria necessário realizar qualquer tipo de trabalho, de modo que os indígenas sempre se apresentariam enfeitados, podendo dançar e comer a todo tempo. A alimentação deste plano, seria composta, por grilos e batatas, (ao invés do beiju e o peixe correntes entre os indígenas vivos). Contudo, embora quanto às atitudes humanas, o acesso a tal aldeia espiritual exigiria o enterro do defunto seguindo normas rígidas de pintura e acessórios, para que desta forma permanecesse por toda a eternidade. Periodicamente, pássaros malignos sobrevoariam a aldeia celeste, na tentativa de arrancar pedaços do corpo do indivíduo e levá-los a um gavião. Um pouco antes dos ritos fúnebres, os desfalecidos carregam  armas, de maneira que possam se defender. As almas desprovidas de armamento seriam mortas, selando sua existência.

LÍNGUA

    A língua original dos Kaimaiurás, o camaiurá, faz parte da família linguística tupi-guarani, apresentando grandes similaridades com o guarani e o tupi. Seu sistema vocálico, marcado pela diversidade e riqueza fonética, compõe-se seis vogais orais e correspondentes nasalizadas. Tais fonemas descreve-se a partir dos traços de nasalidade, posição, altura e arredondamento.
    O idioma, bastante caracterizado pela nasalização frequente, pelo uso de consoantes não sonoras e formação de palavras polissilábicas, é predominantemente aglutinante e, embora tenha uma origem ágrafa, um sistema de escrita semelhante ao português foi desenvolvido, possibilitando o registro escrito do Kaimaiurá.



•ALIMENTAÇÃO

    A alimentação tradicional dos Kaimaiurás relaciona-se, aos preceitos religiosos, em especial, quanto às regras que regem o consumo proteico. Segundo a crença corrente entre os indígenas, a ingestão de um animal de mamaé maligno traria infortúnios e males de diversas naturezas, tanto individualmente quanto para toda a aldeia.
Basicamente, alimentam-se de beiju e mingau, produzidos a partir da mandioca que cultivam nas dependências da aldeia, além de consumirem o tubérculo cozido e condimentado com pimenta. Ingerem, vários tipos de raízes comestíveis como a batata-doce e a taioba, grãos diversos e alguns colmos, além de frutas nativas da região. Os peixes perfazem a principal fonte de proteínas, embora possam  ser  substituídos por certos tipos de aves. O consumo de algumas espécies de insetos e larvas de besouro é bastante difundido e o mel de abelhas é igualmente apreciado, embora a sua dificuldade de obtenção o torne raro.





<-- BEIJU










<-- MEL                                                 




                        http://pib.socioambiental.org/pt/povo/kamaiura       
                       http://pt.wikipedia.org/wiki/Camaiur%C3%A1s                           








                             

                                                             Trabalho por: MarianneP






Os Ikpeng



         Índios Ikpeng
                                                                        
Os Ikpeng, povo indígena nômade, vieram para a região dos formadores do Xingu no início do século XX, quando viviam em estado de guerra com seus vizinhos alto-xinguanos. O contato com o mundo não indígena teve consequências desastrosas para a população, para protegê-los eles foram transferidos para os limites do Parque Indígena do Xingu .Hoje em dia mantém relações de aliança com as demais aldeias do Parque, mas constituem uma sociedade bastante peculiar.
                                              
Pinturas (vestuários)
Antigamente, os Ikpeng se pintavam mesmo quando não tinha festa, porque eles gostavam de ficar sempre   pintados. Atualmente essas pinturas são usadas somente na festa Moyngo (Moyngo é a festa de iniciação das crianças). Eles costumam imitar nas pinturas peixes, piranhas etc...  



Pintura imitando um peixe sabão



Habitações
Os Ikpeng costumam morar em grandes ocas que são feitas de argila (barro), folhas e madeira. Dentro dessas casas pode ter 5 a 8 pessoas.


Língua
A língua ikpeng pertence à família linguística Karib. A língua é falada por todos mas os jovens e as crianças também falam o português. No início da escola os mais velhos e os pais queriam que os meninos falassem bem a língua portuguesa, pois já dominávamos a língua materna. Mas a língua portuguesa começou a dominar e eles perceberam a importância de aprender a língua materna na escola.
        

Rituais
A principal festa celebrada por esse povo é a de iniciação masculina, designada Moyngo, em que são tatuados os rostos dos meninos. O ritual é feito por varias etapas estendido por vários meses. No final do ritual, uma grande caçada coletiva é organizada. Depois desse ritual os meninos aprendem a serem guerreiros, corajosos e resistentes.
                                                                

Por Beatriz e Gabriela